Sogni e poesie di una donna qualunque

C’era una volta, nel cuore pulsante e sgargiante del Rio Grande do Sul, un posto talmente verde e vasto che l’orizzonte sembrava una linea tracciata col pennarello da un bambino allegro, abitato dai mitici Gauchos, i cowboy con l’anima a festa. Ma non i cowboy polverosi e taciturni, no! Questi erano i Gauchos brasiliani: un uragano di allegria, baffi arricciati, bombachas svolazzanti e voglia di far baldoria. In una sera che sapeva già di carne affumicata e cachaça, al chiarore della luna tropicale, si radunarono due personaggi che avrebbero cambiato per sempre la storia culinaria. Il primo era Zio Joca “Picanha”, un omone con la risata che faceva tremare le pampas e un fiuto per la carne così acuto che percepiva la venatura perfetta a chilometri di distanza. Il secondo era il suo nipote, l’intraprendente Manoel “Churras”, un ragazzino sempre con il coltello affilato in mano e una testa piena di idee pazze, vestito con i colori più accesi che si potessero trovare. Stavano discutendo animatamente, come solo i brasiliani sanno fare, su come onorare al meglio un pezzo di manzo così succulento che sembrava fatto apposta per la gloria. “Joca, meu tio,” disse Manoel gesticolando selvaggiamente, “dobbiamo sbarazzarci di tutte queste salse, questi intrugli complicati! La carne è regina, non serve travestirla da pagliaccio in maschera!” Zio Joca, strofinandosi i baffi come se stesse lucidando un tesoro, rise di gusto: “Hai ragione, moleque! Semplice è meglio, ma deve urlare di sapore!” Fu così che, sotto una volta celeste così blu da sembrare dipinta, nacque l’idea geniale. Primo passo: scegli il taglio! Non un taglio qualunque, ma la Picanha, col suo strato di grasso bianco-perla, la corona del manzo, la parte che sussurra “Brasile” ad ogni boccone. Poi la Costela (costato) che chiede di essere cotta per ore finché la carne non cade da sola, e la Maminha (punta di sottofesa), morbida come un abbraccio di nonna. Secondo passo: dimentica i fronzoli. Il condimento, gridò Zio Joca, afferrando una manciata di sale grosso che brillava come diamanti, è solo e soltanto sale grosso! “Così la carne si salerà pian piano, ma non perderà i suoi umori, eh! È come fare un bagno al mare, ti senti purificato e… salato al punto giusto!” urlò. Terzo passo: infilzare la carne su uno spiedo a sciabola! Manoel, con un sorriso malizioso, prese i tagli e li infilzò come fossero gioielli preziosi, piegando la Picanha a “C” come un sorriso, con il grasso all’esterno, pronto a sciogliersi sulla brace. Quarto passo: il fuoco, o fogo! Dev’essere un fuoco da legna ardente, ardente ma senza fiamma viva, solo braci roventi che danno quel profumo affumicato, carnoso e quasi spirituale. Metti lo spiedo lontano, non subito sulla brace, così la carne si cucina lentamente, girata con pazienza (ma non troppa, siamo pur sempre in Brasile!). Si girano gli spiedi e si attende, sorseggiando Caipirinha e raccontando storie di tori che sognavano di volare. La carne sfrigola, il grasso cola sulle braci con un sibilo quasi melodico e il fumo, che sa di Picanha e festa, avvolge tutto. Quinto passo: la magia del taglio! Quando lo strato esterno è croccante, scuro, caramellato dal sale e dal fuoco, ma l’interno è ancora rosa e succoso, Zio Joca impugnò il suo coltello, affilato come la lingua di un politico, e zac!, affettò le prime scaglie direttamente sul piatto del fortunato. Ma non finisce qui! Lo spiedo torna sul fuoco, il calore sigilla il taglio e un nuovo strato è pronto per il paradiso. Quella notte, tra risate fragorose, musica che faceva muovere i piedi da sola e il profumo di manzo che inondava le pampas – un profumo che ti entra nel cuore e ti fa esclamare “Ma che meraviglia è questa!” – nacque il Churrasco. Non era solo una grigliata, ma l’essenza allegra, ospitale e incredibilmente gustosa del Brasile, un’eredità di sapore che Zio Joca e Manoel “Churras” Picanha regalarono al mondo.

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🇧🇷 A História de Como o Churrasco Nasceu
Era uma vez, no coração pulsante e vibrante do Rio Grande do Sul, um lugar tão verde e vasto que o horizonte parecia uma linha traçada com canetinha por uma criança alegre. Este lugar era habitado pelos lendários Gauchos, os cowboys com alma festeira. Mas não aqueles cowboys empoeirados e caladões, não! Estes eram os Gauchos brasileiros: um furacão de alegria, bigodes enrolados, bombachas esvoaçantes e uma vontade imensa de farrear.

Em uma noite que já tinha cheiro de carne defumada e cachaça, sob o luar tropical, reuniram-se dois personagens que mudariam para sempre a história culinária. O primeiro era o Tio Joca “Picanha”, um homenzarrão com uma risada que fazia as pampas tremerem e um faro para carne tão aguçado que ele sentia a veia perfeita a quilômetros de distância. O segundo era seu sobrinho, o empreendedor Manoel “Churras”, um moleque que estava sempre com a faca afiada na mão e uma cabeça cheia de ideias malucas, vestido com as cores mais vibrantes que se podia encontrar.

Eles discutiam animadamente, como só os brasileiros sabem fazer, sobre como honrar da melhor forma um pedaço de carne bovina tão suculento que parecia ter sido feito para a glória.

“Joca, meu tio,” disse Manoel gesticulando descontroladamente, “Temos que nos livrar de todos esses molhos, dessas misturas complicadas! A carne é rainha, não precisamos vesti-la de palhaço mascarado!”

Tio Joca, esfregando o bigode como se estivesse lustrando um tesouro, riu de dar gosto: “Tens razão, moleque! O simples é melhor, mas tem que gritar de sabor!”

Foi assim que, sob um céu tão azul que parecia pintado, nasceu a ideia genial.

Primeiro Passo: Escolha o corte! Não um corte qualquer, mas a Picanha, com sua camada de gordura branco-pérola, a coroa do boi, a parte que sussurra “Brasil” a cada mordida. Depois a Costela, que implora para ser cozida por horas até a carne cair sozinha, e a Maminha, macia como um abraço de vó.

Segundo Passo: Esqueça os floreios. O tempero, gritou Tio Joca, agarrando um punhado de sal grosso que brilhava como diamantes, é apenas e somente sal grosso! “Assim a carne vai salgar aos poucos, mas não vai perder os seus sucos, tchê! É como tomar um banho de mar, a gente se sente purificado e… salgado na medida certa!”, ele berrou.

Terceiro Passo: Espetar a carne em um espeto em forma de sabre! Manoel, com um sorriso malicioso, pegou os cortes e os espetou como se fossem joias preciosas, dobrando a Picanha em forma de “C”, como um sorriso, com a gordura para o lado de fora, pronta para derreter na brasa.

Quarto Passo: O fogo! Tem que ser um fogo de lenha ardente, aceso, mas sem chama viva, apenas brasas incandescentes que dão aquele perfume defumado, carnudo e quase espiritual. Coloque o espeto longe, não logo em cima da brasa, para que a carne cozinhe lentamente, virada com paciência (mas não tanta, ainda estamos no Brasil!). Viram-se os espetos e se espera, tomando Caipirinha e contando histórias de touros que sonhavam em voar. A carne chia, a gordura escorre sobre as brasas com um sibilo quase melódico e a fumaça, que cheira a Picanha e festa, envolve tudo.

Quinto Passo: A magia do corte! Quando a camada externa está crocante, escura, caramelizada pelo sal e pelo fogo, mas o interior ainda está rosado e suculento, Tio Joca empunhou sua faca, afiada como a língua de um político, e zac!, fatiou as primeiras lascas diretamente no prato do sortudo. Mas não termina aqui! O espeto volta para o fogo, o calor sela o corte e uma nova camada está pronta para o paraíso.

Naquela noite, entre risadas estrondosas, música que fazia os pés se moverem sozinhos e o cheiro de carne que inundava as pampas – um perfume que te entra no coração e te faz exclamar “Mas que coisa mais maravilhosa é essa!” – nasceu o Churrasco.

Não era apenas um churrasco, mas a essência alegre, hospitaleira e incrivelmente saborosa do Brasil, um legado de sabor que Tio Joca e Manoel “Churras” Picanha presentearam ao mundo.